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Introdução - A história de cada um.

Eu... Minha História Cada um tem a sua própria história. Mas, se a sua história acontecer somente no  plano material, ela vai cair no esquecimento e desaparecer; a menos que você seja uma pessoa famosa, de projeção e sua história seja escrita e deixada para a posteridade. Ainda assim a tendência é cair no esquecimento. Mas, se a sua história incluir a ação de Deus em sua vida, sendo você verdadeiro servo, ela persistirá. Pode até cair no esquecimento dos homens, mas permanecerá na eternidade. Aliás, apenas o material não vale a pena, nem mesmo o existir. Disse Jesus: "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" Nós temos, em Cristo Jesus, uma herança eterna e gloriosa, que nos espera até mesmo a terra restaurada e santa é nossa, além da capital celestial.  Quantos já se foram, mesmo pessoas queridas nossas, e já caíram no esquecimento? Mas, se morreram em Cristo, estarão em memória eterna. Sem Jesus não vale a pena existir! Assim també

I parte - São Pedro dos Ferros (1939)

São Pedro dos Ferros - MG (minha cidade natal) cidade da Zona da Mata de Minas, próxima de Raul Soares,  da mesma região de Abre Campo. Toda a família de meus pais foi dessa região. Nasci nessa cidade, em 30/06/1939 – exatamente no dia de aniversário de meu pai, quando completava 33 anos, pois nasceu em 30/06/1906. Meu avô paterno chamava-se Augusto Martins  Barbosa, já era falecido quando nasci e minha avó, Florentina Gomes Barbosa também o era. Meus avós maternos eram vivos, mas só conheci minha avó, Maria José Guerra. Meu avô materno, Reginaldo de Souza Coelho, faleceu em 1944, aos meus cinco anos.  São Pedro era uma pequena cidade, por onde  passava a estrada de ferro da Leopoldina, vinda do Rio de Janeiro, cujo ramal ia até Caratinga.  A vida da cidade era o movimento madeireiro, em segundo plano o café, o Sr. Joter Peres era o madeireiro que protagonizava  esse movimento. Possuía serraria de madeira, caminhões de transporte de madeira, que as buscavam nas matas da

Os primeiros anos da minha infância

Eu era uma criança muito forte, saudável, e tinha meus horários certos para alimentação. Contava a minha avó, que ficara algum tempo lá em casa, isto é, ela comentava que, por volta das 11 horas da manhã, eu já chegava à cozinha, me assentava no lugar costumeiro e pedia o meu almoço. Sempre coincidia com o horário de 11 horas. Às 14 horas eu chegava para o meu  lanche. Lembro-me que minha mãe preparava uma mamadeira de leite com café e me dava, e eu ia me deitar em algum lugar, de preferência em um canto do quarto, que nos dias mais quentes era um lugar mais fresco; ali eu “mamava” meu lanche e dormia aquele sono da tarde. Mas, por volta das 18 horas, eu estava lá no meu posto, esperando a minha janta. Às sete horas da noite ia para o meu berço e dormia aquele sono, noite toda, porque entre sete e oito horas do dia seguinte eu estava de pé, iniciando a minha rotina. Eu fui uma criança sadia,  não dei grande trabalho para os meus pais, a não ser com os cuidados comuns de uma criança.

De Parada Breder à Manhumirim (1944)

Voltando à Parada Breder , lembro-me de mais alguns detalhes desse lugar: as outras casas de trabalhadores, carroças de burro transitando, enfim, aquele movimento do dia-a-dia. Conosco morava também um rapaz, chamado Armando, que brincava muito comigo, quando estava em casa. Ele trabalhava com meu pai e ficou conosco por uns dois anos. Depois, não tivemos mais notícias dele. Quando meu pai se casou com minha mãe, era viúvo e tinha 4 filhos do primeiro casamento. O Washington com uns oito anos, Walter de uns seis, Waltuir com uns quatro e Wanda aos dois. Meu pai ficou viúvo por uns dois anos. Quando sua primeira mulher morreu, ele morava ele morava em uma cidade de sua região, Santa Elena, que atualmente se chama Caputira. Meu avô, seu pai, morava em Abre Campo, num sítio há uns cinco quilômetros da cidade, de sua propriedade. Ele também havia enviuvado do segundo casamento, cuja esposa tinha sido assassinada. Tinha 3 filhos desse casamento, que depois ficaram com meu pai.

1944 - 1945 Início da 2a Grande Guerra

Quando mudaram para São Pedro, minha mãe esperava a primeira filha, que nasceu prematura e morreu. Em seguida, ela engravidou de mim, então ocupei o primeiro lugar dos filhos. Depois nasceu Wilson que, com mais ou menos um ano morreu, já na Parada Breder. Quando mudamos para a Vila do Ouro, já tinha nascido Wagner (o primeiro), que faleceu um pouco antes de Wilma nascer. Naquela época havia uma grande mortalidade de crianças, principalmente na região de Manhumirim, mortes causadas por difteria, varíola e sarampo, além de outros males, pois quase não havia na época vacinas, nem antibióticos para a maioria destas epidemias. Após o nascimento de Wilma, mudamos para dentro da cidade de Manhumirim. Meu pai alugou uma casa, não longe do centro, cujo nome do proprietário era Sr. Romão. Era relativamente boa, de assoalho e esteios, como a maioria da época. Devido ao declive do terreno, o assoalho era alto, de modo que havia uma área de serviço por baixo da casa, com uma escada de acesso