Os primeiros anos da minha infância
Eu
era uma criança muito forte, saudável, e tinha meus horários certos para
alimentação. Contava a minha avó, que ficara algum tempo lá em casa, isto é,
ela comentava que, por volta das 11 horas da manhã, eu já chegava à cozinha, me
assentava no lugar costumeiro e pedia o meu almoço. Sempre coincidia com o
horário de 11 horas. Às 14 horas eu chegava para o meu lanche. Lembro-me que minha mãe preparava uma
mamadeira de leite com café e me dava, e eu ia me deitar em algum lugar, de
preferência em um canto do quarto, que nos dias mais quentes era um lugar mais
fresco; ali eu “mamava” meu lanche e dormia aquele sono da tarde. Mas, por volta
das 18 horas, eu estava lá no meu posto, esperando a minha janta. Às sete horas
da noite ia para o meu berço e dormia aquele sono, noite toda, porque entre
sete e oito horas do dia seguinte eu estava de pé, iniciando a minha rotina. Eu
fui uma criança sadia, não dei grande
trabalho para os meus pais, a não ser com os cuidados comuns de uma criança.
A
"Parada Breder"
– Entre nossa casa e a parada do trem havia um vale. Da janela da cozinha se
avistava a pequena estação, que era apenas um abrigo.
Meu
pai cuidava de três irmãos menores. Pois meu avô, que era viúvo pela segunda
vez, faleceu e, sendo o meu pai o mais velho dos meus tios, ficou como
responsável pelos irmãos menores. Eram meus tios: tia Ida, a mais velha; tia
Laura a do meio e tio Edson, o menor deles.
Tia
Ida, que teria uns 13 ou 14 anos naquela época, era a minha “babá” e cuidava muito de mim.
Inclusive, me levava para alguns passeios. Por algumas vezes, ia comigo àquela
parada do trem e ficava lá por algum tampo, enquanto distraíamos.
Faço
um parênteses (***):
Hoje,
dia 01/03/2017, estou com 77 anos,
quando estou digitando esta página. Mas,
o manuscrito desta minha história, já o venho escrevendo há mais de 15
anos. A Minha tia Ida, última irmã de meu pai, ainda viva, está completando seus 89
anos, pois nasceu em 29/02/1928.
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